O advogado e influencer João Neto, preso desde outubro por agredir a ex-mulher em Maceió, construiu parte de sua imagem pública com uma mentira: sua suposta passagem pela Polícia Militar. Documentos obtidos pela reportagem revelam que ele foi expulso do curso de formação da PM antes da conclusão e nunca integrou oficialmente a corporação.
A farsa foi descoberta após investigação que cruzou registros oficiais da Polícia Militar de Alagoas. Os documentos comprovam que João Neto não concluiu o estágio probatório e sequer chegou a vestir a farda. Ainda assim, ele usava o título de “ex-PM” em redes sociais e materiais profissionais, inclusive durante sua campanha como influencer digital.
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O caso ganhou nova dimensão porque o advogado vinha usando essa falsa identidade para reforçar sua imagem pública – justamente quando acumulava seguidores como influencer de lifestyle e comportamento. Especialistas em direito apontam que a falsa declaração de vínculo com a PM pode acrescentar novas acusações ao processo que já o mantém preso desde o ano passado, quando foi flagrado agredindo a ex-companheira em vídeo que viralizou.
A OAB/AL informou que está analisando o caso para eventual processo ético-disciplinar. Procurada, a Polícia Militar confirmou que João Neto consta como expulso do curso de formação, mas não detalhou os motivos. A defesa do advogado não se manifestou sobre as novas revelações. O caso continua sob segredo de justiça na Vara de Violência Doméstica de Maceió.